APOLOGIA DA HISTÓRIA OU O OFÍCO DE HISTORIADOR

Seja muito bem vindo ao Blog do Canal Atualidade em Foco! Nesta página estão organizados os links para acessar o resumo de cada capítulo da obra APOLOGIA DA HISTÓRIA OU O OFÍCIO DE HISTORIADOR, de Marc Bloch

Inicialmente, antes de começar a resumir a obra em si, pretendo falar um pouco sobre o autor e de forma muito breve sobre esta obra. Para tanto, tomarei como base a excelente apresentação à edição brasileira, escrita pela grande historiadora brasileira Lilia Shwarcz. Também quero alertar que traduzi, com a ajuda do google, alguns nomes e termos em francês para facilitar a compreensão, da minha parte e da parte quem assiste.

A trajetória acadêmica de Marc Bloch tem início na Escola Normal, frequentada por ele até 1908. Lá, Bloch foi profundamente influenciado por Lévy Bruhl e, principalmente, Émile Durkheim. Em 1913 publicou seu primeiro estudo em História Medieval, área que escolheu para especializar-se. A participação no campo de batalha da Primeira Guerra Mundial refletiria em suas futuras obras

Na faculdade letras da Universidade de Estrasburgo, Bloch vive o período de maior enriquecimento intelectual de sua trajetória, diante do contato com importantes pensadores de seu tempo. Lá ele foi nomeado conferencista em 1919 e professor em 1921. É nesse período que são publicadas importantes obras sobre a Idade Média de sua autoria.

Em 1929 fundou a revista dos Annales em parceria com outro importante nome da historiografia, Lucien Febvre. A partir dela tem início um movimento de renovação da historiografia francesa, conhecido como nova história e em oposição à história positivista, como veremos adiante.

Participante da Segunda Guerra Mundial mesmo aos 53 anos de idade, retorna à vida acadêmica após a derrota da França e entra para a Resistência do grupo Lyon contra a ocupação alemã em 1943. No ano de 1944 é preso pelos inimigos e, em 16 de julho de 1944, após ser torturado, é fuzilado pela Gestapo.

A obra, cuja playlist aqui no canal é inaugurada por esse breve relato, foi escrita durante o período em que Bloch esteve preso. Ela foi publicada postumamente, em 1949, por Lucien Febvre, que foi lembrado em uma dedicatória no início do livro. Nele Marc Bloch reflete sobre a atividade do historiador, recusando a História como resposta pragmática para problemas imediatos.

Além de exaltar o rigor intelectual, ele recusa a história como ciência do passado. Bloch trás a visão de História como problema, se utilizando do método regressivo para compreender o presente. Ele também critica duramente a história positivista, que foca na narrativa e se dedica a exaltar os feitos políticos e militares recusando a coletividade e a individualidade humana.

Infelizmente, em virtude de sua execução, a obra ficou inacabada.

Para encerrar, trago uma passagem de Jacques Le Goff, extraída do brilhante prefácio que ele escreveu para este livro.