O TERRITÓRIO BRASILEIRO: INDUSTRIALIZAÇÃO E MODERNIZAÇÃO | TEXTOS | GEOGRAFIA

 

COMPATÍVEL COM O PLANO DE AULAS "A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO"


O mapa do Brasil mudou bastante. No século XVIII já tinha ocorrido uma expansão que transpassou o antigo Tratado de Tordesilhas, criando atritos com a Coroa Espanhola. As disputas em torno de terras na região sul e na Amazônia resultaram no Tratado de Madrid, que deu novos contornos ao mapa do Brasil. 

No século XIX, o território viveu uma perda considerável. A então província da Cisplatina conquistou sua independência e se transformou no Uruguai. Também houve ganhos. Com a vitória na Guerra do Paraguai, algumas áreas vizinhas ao Centro-Oeste foram anexadas. 

Já no início do século XX, teve destaque a questão do Acre. Então integrante da Bolívia, esse território era foco de disputas por conta da exploração do látex. Sua anexação para o Brasil era reivindicada pelos seringueiros e, após confrontos armados, Brasil e Bolívia assinaram o Tratado de Petrópolis. Segundo o acordo, o Brasil incorporou o Acre em troca de indenização a ser paga à Bolívia.

Além do Acre, parte da Colômbia foi anexada ao estado do Amazonas no tratado de Bogotá, incorporamos o nordeste de Roraima na Questão do Pirara e obtivemos grande porção do estado do Amapá na Questão do Amapá.

A partir do século XX a economia passou por profundas transformações. O país iniciou um processo de industrialização deixando de ser exclusivamente agroexportador. Tal movimento foi possível graças a importantes medidas governamentais e vultosos investimentos públicos, sobretudo em indústrias de base.

Em consequência, o Brasil se urbanizou com a chegada maciça de trabalhadores de outras regiões para trabalhar nas fábricas da Região Sudeste, já poderosa por conta do café. A infraestrutura passou a se desenvolver com investimentos em transporte e energia. Houve também uma forte concentração de população nas cidades dando origem aos bairros periféricos onde residiam os trabalhadores.

Uma série de ações de âmbito nacional como a construção de estradas e rodovias, a transferência da capital federal do Rio de Janeiro para Brasília, e a expansão da fronteira agrícola e projetos de ocupação e exploração na região norte tornou o mercado interno brasileiro mais dinâmico e integrou as regiões do país.

A Região Sudeste, herdeira do legado da cafeicultura, com enorme população em seus centros urbanos, se tornou o grande polo econômico brasileiro concentrando a atividade industrial e os investimentos se tornando grandes centros de comércio e serviços. As capitais dos estados, por oferecerem melhores serviços e infraestrutura, passaram a atrair cada vez mais pessoas. 

O outro lado dessa moeda foi a dificuldade em absorver um contingente populacional cada vez mais volumoso resultando em desafios e problemas diversos com relação à saúde devido a falta de saneamento básico, à moradia diante da ocupação das áreas impróprias e arriscadas e ao desemprego e abandono, que geram grande exclusão social em nossas cidades.

PRÓXIMO TEXTO: EM BREVE!

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