EDUCAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA | ATUALIDADES

 

Em 2007, quando Lula iniciava seu segundo mandato como presidente do Brasil, foi implantado um programa de promoção à saúde que incluía a educação sexual nas escolas. Porém, ao longo dos últimos anos cresceram movimentos ultrarreacionários que acusavam os governos de esquerda de "sexualizar nossas crianças e implantar uma ditadura LGBTQIA+" nas escolas brasileiras.

Esses argumentos foram usados para mobilizar uma grande massa religiosa, sob os cuidados de pastores que amedrontavam seus fiéis com o terror do comunismo, que destruiria a família tradicional sexualizando precocemente os estudantes.

Políticos de extrema direita embarcaram neste discurso para ganhar votos e consolidar sua imagem sobre o público evangélico neopentecostal, sempre propagando uma falsa cristofobia e a existência de materiais didáticos numa espécie de kit gay que nunca existiu.

Quando chegou ao poder, Bolsonaro findou com o programa e sua ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves impôs sua agenda, defendendo que sexualidade se ensinava em casa pela família, além de perseguir quem buscou fazer o aborto legal, sempre apoiada no discurso religioso.

De volta à presidência, Lula e sua equipe estão eliminando as políticas educacionais puramente ideológicas que deram errado, como aquela aberração das escolas cívico-militares, e trazendo de volta o que estava dando certo, incluindo o programa de educação sexual nas escolas.

Mas, fiquem calmos! Não se trata de ensinar os estudantes como fazer sexo, mas sim trazer a eles o conhecimento sobre os métodos contraceptivos, planejamento familiar, prevenção às ISTs, além de mostrar como identificar possíveis abusos que eles podem estar sofrendo sem saber.

Tal política não é invenção brasileira. Temas como esses são tratados nos países que apresentam os melhores indicadores educacionais do planeta, sem moralismos e sem tabus. Isso levou à redução das doenças, da gravidez na adolescência e dos crimes sexuais praticados no seio do lar.