VIOLAÇÃO À LIBERDADE DE CRENÇA E DE CULTO | ATUALIDADES

 

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Ao longo da primeira semana de junho de 2023, o portal Band.com noticiou algo intrigante e que preocupa diversos seguimentos da sociedade. Segundo o site, traficantes estariam expulsando pais e mães de santo e proibindo procissões católicas em comunidades dominadas por eles no Rio de Janeiro. Trata-se de uma flagrante violação da Constituição brasileira que, em seu artigo 5°, defende a liberdade de culto e de prática religiosa sem quaisquer formas de discriminação ou cerceamento.

O movimento que está ocorrendo nessas comunidades atinge dois grupos de religiões, católicos e de matrizes africanas como a Umbanda. Ainda segundo o site Band.com, as facções que controlam essas localidades teriam proibido, também, o uso de tambores, a vestimenta branca e a permanência de velas acesas.

Mas, a preocupação vai além da legislação infringida e do direito cerceado. Reprimir essas manifestações religiosas está favorecendo uma terceira religião, ou um terceiro grupo de religiões, que o leitor provavelmente imagina qual seja. É provável que este terceiro grupo tenha se associado ao tráfico que controla as comunidades.

Isso não é novo na história da humanidade. A religião como instituição este sempre associada ao poder do momento. É caso dos sacerdotes que rodeavam o Faraó no Egito Antigo, da Igreja Católica que se beneficiou dos reis na Idade Média e das lideranças islâmicas que controlam países inteiros no Oriente Médio. 

Obviamente, estar na cúpula, no topo da hierarquia de qualquer instituição religiosa, associada ao poder, é fonte de riqueza, privilégios e prestígio. Para o Estado, essa associação também era benéfica, já que as instituições religiosas funcionavam como aparelho ideológico, controlando as massas e legitimando o poder do governante.

No caso da notícia trazida pelo site Band.com, este terceiro grupo de religiões provavelmente se beneficia do tráfico, já que o mesmo sufoca para ela a "concorrência", perseguindo seus opositores. O tráfico, por sua vez, se utiliza deste terceiro grupo de religiões como aparelho ideológico, que conduz o rebanho e tira para ambos, chefes do tráfico e líderes religiosos, benefícios materiais e imateriais.

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