O COMÉRCIO MUNDIAL | TEXTOS | GEOGRAFIA

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A globalização, que impulsionou a circulação de mercadorias no comércio internacional, passando de 58 milhões de dólares em 1948 para 16 trilhões de dólares em 2015, não reduziu a desigualdade global. Cerca de 10 países monopolizam as trocas internacionais e representaram 50% do comércio mundial em 2015. Estados Unidos, China e Alemanha controlam 30% da comércio internacional de bens e serviços.

As transformações recentes também foram responsáveis por reduzir o comércio de produtos primários a ampliar a circulação dos produtos industrializados, que possuem maior valor agregado do que as commodities, que são os produtos primários voltados à exportação. A China é o grande destaque do comércio mundial. O país é principal exportador de produtos industrializados a preços baixos, o que é possível graças ao baixo custo de sua mão de obra e aos incentivos governamentais. Além disso, o gigante asiático inseriu cerca de 200 milhões de consumidores no mercado global por conta da ampliação do poder de compra de seus habitantes nos últimos anos.

Diante competitividade acirrada e da necessidade de buscar equilíbrio no comércio internacional, foi criada em 1995 a Organização Mundial do Comércio (OMC), órgão vinculado à ONU com sede em Genebra, na Suíça. A OMC conta com a participação de 164 países e tem sido muito atuante nos últimos anos.

Um grande desafio para a organização é a profunda desigualdade entre os países, com os desenvolvidos dominando o comércio internacional. O aumento de medidas protecionistas contrasta com os esforços deles mesmos em abrir as economias dos países menos desenvolvidos para inundá-los com suas mercadorias. A manutenção das barreiras alfandegárias dificulta a importação de produtos estrangeiros protegendo a indústria nacional, além dos fortes subsídios agrícolas oferecidos aos produtores internos.

Os países que abriram suas economias, ao mesmo tempo em que têm acesso a uma grande diversidade de mercadorias vindas de fora, acabam apresentando custos dos produtos fabricados internamente maiores do que os importados, o que enfraquece a indústria nacional e perpetua sua condição de país menos desenvolvido.

Outra consequência da competitividade é a formação dos blocos econômicos. Um dos mais antigos foi o Mercado Comum Europeu, fundado em 1957 com a assinatura do Tratado de Roma. Ele reunia  Itália, França, Bélgica, Holanda, Alemanha e Luxemburgo e seu objetivo era a cooperação mútua para competir com as grandes potência do pós Segunda Guerra: Estados Unidos e União Soviética.

A União Europeia, composta por 28 países até meados de 2018, é o bloco mais bem sucedido do mundo, estabelecendo profunda união em termos alfandegários e de livre-circulação de mercadorias, pessoas e capitais, além da criação do Euro como moeda única, adotada pela maioria dos países do bloco. Sua força econômica e política influenciou a formação de outros blocos e associações pelo mundo como a Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico, o Acordo de Livre-Comércio da América do Norte, que foi rebatizado para Acordo Estados Unidos-México-Canadá por pressão estadunidense em 2018; a Parceria Transpacífico que recentemente testemunhou a saída dos Estados Unidos; o Mercado Comum do Sul; a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental e a Comunidade Econômica de Desenvolvimento da África Austral.

Além dos blocos, existem também os acordos bilaterais como resultado da crescente integração econômica global. Entre esses acordos destacam-se aqueles relacionados a redução de barreiras e tarifas alfandegárias para produtos e serviços específicos. Porém, o aumento da competição recente fez com que alguns países passassem a revisar as alianças por temerem o risco à sua soberania econômica nacional e pela crença de que a integração ameaça a disponibilidade de empregos internamente.

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