AS MIGRAÇÕES RECENTES | TEXTOS | GEOGRAFIA
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TEXTO ANTERIOR: OS MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS
Após a Segunda Guerra mundial houve diversos movimentos migratórios no mundo. O continente europeu foi uma das áreas de grande atração populacional na segunda metade do século XX. Houve duas etapas de migração na região. Logo após o Segunda Grande Guerra, os estrangeiros que chegavam eram visto de maneira positiva e os imigrantes eram muito bem vindos. Afinal, eles eram a força de trabalho braçal para um continente arrasado pelo conflito. Porém, desde o início dos anos 1980, eles passaram a não serem aceitos e diversas barreiras foram postas para dificultar a entrada, sobretudo daqueles vindos do Leste Europeu, do Oriente Médio e da África Setentrional.
O Japão assistiu a um grande fluxo emigratório no início do século XX, crises e conflitos armados foram determinantes para que muitos japoneses buscassem outros países para melhorar suas condições de vida. Muitos deles, inclusive, vieram aqui para o Brasil. Com o crescimento econômico e a conquista do status de superpotência econômica adquirida na segunda metade do século XX, o país passa a ser polo de atração de imigrantes. Mas o Japão não é aberto a todos. O país aceita como residentes permanentes para o trabalho apenas os descendentes de seus emigrantes, daqueles que saíram no movimento emigratório.
África e América Latina são áreas de origem de migrantes. As duas regiões convivem com a pobreza, as crises e as condições de vida adversas herdadas de um processo histórico de colonização escravagista, exploratório, genocida e traumático. O destino deles normalmente são os Estados Unidos e a Europa desenvolvida, onde, muitas vezes, entram na condição de imigrante ilegal.
Nos anos 1970, o fluxo migratório na América Latina era intrarregional, ou seja, mudava-se de país dentro da região. Condições econômicas, sociais e políticas, como os regimes militares forçavam as pessoas a sair. No ano 2000, eram 26 milhões de latino americanos vivendo fora de seus países de origem. Em 2010 esse número saltou para 28,5 milhões. México, Colômbia e El Salvador são os principais países de saída dos migrantes.
No início do século XXI o fluxo de latino americanos para outras regiões do mundo teve queda e cresceu a migração interna na região. A melhoria na situação econômica e nas condições de vida e de trabalho em alguns países, dentre eles o Brasil, são fatores que influenciaram para esse quadro migratório. Além disso, as políticas anti-migratórias na Europa e nos Estados Unidos, com a construção de muros e vigilância rígida e violenta, tornaram esses lugares um pouco menos atrativos. Quem não se recorda das crianças separadas dos pais e colocadas em gaiolas pelo governo estadunidense ao serem flagrados tentando entrar ilegalmente no país?
Entre as áreas de expulsão podemos destacar o Haiti, país arrasado por décadas de conflitos internos e por desastres naturais, como o grande terremoto de 2011; e a Venezuela, que sofre uma crise econômica e política com desemprego e desabastecimento. Eles compõem a parcela de refugiados no planeta. Cresceu muito o número de deslocamentos forçados no mundo. Estima-se que haja 68,5 milhões de pessoas deixando seus países de origem fugindo de conflitos, perseguições e violações dos direitos humanos.
Os principais focos de origem de refugiados hoje são a África Subsaariana, onde os conflitos internos, a fome e os desastres naturais os fazem fluir para outras localidades; e o Oriente Médio, palco de violentos conflitos de ordem religiosa e submissão a regimes teocráticos e autoritários. Nos seus destinos, os refugiados normalmente encontram mais sofrimento enfrentando preconceito, falta de estrutura adequada para recebê-los, negação de assistência, xenofobia e crimes de ódio e permanência prolongada em campos de refugiados mantidos por ONGs e pela Acnur, agência da ONU para refugiados.
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